Abrir a noite sob a forma de uma fonte
onde chega o destino antes da perturbação.
Um gesto que cruza o limite da terra.
E ainda assim um outro tempo se aproxima denso perfumado
obrigando-te a contrair a pele
a descrer das memórias mais fundas
a acender uma lâmpada onde havia apenas um corpo glorioso.
Muito depois de esgotada essa fonte
todos os deuses brilhando no céu que te encobre o medo
resta uma palavra a que darás o teu próprio nome
fonte de nada mundo esquecimento.
Friday, January 5, 2007
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1 comment:
A minha conhecida noite, ou o que conheço da noite quando dela falo ou nela penso, abre-se não a um conhecimento outro dela, mas a uma outra forma de a conhecer, não mais minha sendo só; como se nela uma fonte brotasse rompendo-a nesse ponto. A fonte de um outro olhar. Isto sobressalta ...(não estou só a dar voz a um eco rilkeano)
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